Um célebre pintor
tinha realizado vários trabalhos de grande beleza, convenceu-se certo dia, de que ainda lhe faltava pintar a sua obra-prima.
Na sua procura por um motivo especial, numa poeirenta estrada, encontrou um idoso sacerdote que lhe perguntou para onde ele se dirigia.
– Não sei, respondeu o pintor. Quero pintar a coisa mais bela do mundo. Talvez o senhor me possa orientar.
– É muito simples, disse o sacerdote. Em qualquer igreja achará o que procura. A fé é a mais bela coisa do mundo.
O pintor prosseguiu a sua viagem.
Mais tarde, perguntou a uma jovem noiva se sabia qual a coisa mais bela do mundo.
– O amor, respondeu ela. O amor torna os pobres em ricos, suaviza as lágrimas, faz muito do pouco. Sem amor, não há beleza.
O pintor continuou a sua busca.
Um soldado exausto cruzou o seu caminho, e quando o pintor lhe fez a mesma pergunta, respondeu:
– A Paz é a mais bela coisa do mundo. A guerra é a coisa mais feia. Se encontrar a paz, fique certo de que encontrará a beleza.
– Fé, Amor e paz. Como poderei pintá-las? – Pensou tristemente o artista. Abanando a cabeça desanimado, tomou o rumo de casa.
Ao entrar na sua própria casa, deparou-se com o que procurava; a coisa mais bela do mundo. Nos olhos dos filhos estava a Fé.
O Amor brilhava no sorriso da sua esposa. E aqui no lar, havia a Paz de que lhe falara o soldado.
Realizou assim o pintor o quadro ” A COISA MAIS BELA DO MUNDO”.
E terminando-o, chamou-lhe “LAR”.
Texto dedicado à EP de Biguaçu em dezembro/2004, pelo casal Márcia e Carlos Boabaid Filho
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