Sem camisinha

Observamos diversas campanhas publicitárias promovidas pelo Estado, recomendando o uso da camisinha. Estas campanhas objetivam evitar a contaminação de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS. Mas quando deixar de usar a camisinha? As campanhas não estão esclarecendo como evitar a contaminação quando o casal resolve deixar de usar o preservativo, principalmente, para constituírem família. É da natureza humana a procriação, porém não ocorrerá fecundação enquanto for usada camisinha em todas as relações sexuais. Quais procedimentos deverão assumir os casais frente a esse problema?

Sabe-se que o vírus HIV é transmitido não só através da relação sexual. O parceiro(a) pode nunca ter mantido relação sexual, mas mesmo assim estar contaminado. Esse vírus pode levar até dez anos para se manifestar, porém no exame sanguíneo, ele é detectado imediatamente após o contágio. Assim, uma recomendação para esses casais seria fazer um exame de sangue antes de abandonar o uso da camisinha. Esse procedimento já está sendo adotado por alguns. Prevenindo-se, preserva-se a própria vida e a dos descendentes.

Em alguns países da África, como a África do Sul e o Zimbábue a contaminação atinge 20 e 25%, respectivamente, da população adulta (conforme dados da OMS). Isto equivale dizer que praticamente em toda família existe alguém com o vírus HIV. Esses países correm o risco de desaparecerem em virtude da extinção de sua população. Enquanto não for descoberta uma forma de combatê-lo, o que devemos fazer é prevenir. Assim, antes de abandonar o preservativo, os casais deveriam realizar exames pré-nupciais, que previnem diversas doenças, dentre elas o HIV.

Lembramos, por último, que a fidelidade é fundamental para o casal. Se algum ato de infidelidade porventura ocorrer, este obrigatoriamente deverá ser com a utilização do preservativo, pois pior que a infidelidade é condenar o parceiro(a) à morte, inocentemente.

As campanhas institucionais que orientam e incentivam a população sobre o uso da camisinha, também deveriam orientar sobre o desuso, preservando também a vida daqueles que estão por vir.

 Publicado na Revista da Escola de Pais – Seccional Timbó, em 2002.

 Brani Besen – Membro da Escola de Pais – Timbó

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