É fácil identificarmos a mãe solteira quando ela assume a maternidade. Porém existe muito pai solteiro desconhecido e anônimo. É sobre este pai que gostaríamos de refletir.
Ele não assumiu o papel de pai. Assumir quer dizer: registrar o filho, acompanhar a educação, fazer parte do álbum de fotografias da família… Então permanece uma dúvida: será que ele é feliz? Deve estar gravado no fundo de sua mente que lhe faltou coragem e responsabilidade. Ele deixou a mãe assumir sozinha a educação de seu filho. Este pai, por mais que se esforce para esquecer o fato, provavelmente, carrega-o pelo resto de sua vida.
Muitas vezes, sabe onde seu filho está e pode até acompanhar o seu desenvolvimento à distância. Outras vezes, perde o contato com a mãe e fica só a imaginar: será que é parecido com o pai? Como ele deve ser? Gostaria de conhecer seu pai? Estas indagações devem fazê-lo sofrer, pois não encontra respostas. Após tomar conhecimento do fato e consciência das consequências, provavelmente arrepender-se-á do ato sexual praticado, sem os devidos cuidados.
Para mudar esta realidade, os pais devem orientar seus filhos para que controlem-se em suas relações sexuais. Que ela resulte de uma decisão amadurecida. Não basta apenas alertar as filhas sobre os riscos da gravidez indesejada. A orientação deve ser dada para ambos os sexos. Não devemos incentivar os machos para serem garanhões. Se alguma gravidez ocorrer, a responsabilidade é de ambos.
É importante para a realização de cada ser humano que sua vinda ao mundo seja resultado de um ato de amor entre duas pessoas que se amam e que estão dispostas a assumir a educação do filho.
Publicado na Revista nº 1 – 2001 – Escola de Pais – Seccional de Timbó
Brani Besen – Membro da Escola de Pais – Seccional de Timbó
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