Nas culturas de poucos anos atrás, os pais acreditavam que a mulher não precisava estudar, que deveria aprender os serviços da casa, arranjar um bom partido, ter filhos e cuidar do marido. Desde o nascimento, a menina em várias famílias ainda é preparada para agradar ao homem, o que na maior parte das vezes significa falar baixo, dominar a raiva, preparar-se para ser uma boa esposa, um aprendizado e tanto. Atualmente, agregou-se a isso a necessidade de estudo, porque os homens de repente parecem gostar de mulheres inteligentes. Aí surge a síndrome da mulher perfeita.
Afetos de repressão e recalques em abundância ocorreram e ocorrem contribuindo para um grande número de angústias na vida adulta, que se manifesta em forma de conflitos neuróticos incompreendidos.
Há pouco mais de 50 anos, a mulher massacrada e oprimida pela sociedade machista começou a se revelar, conquistando seu espaço no mercado cultural e de trabalho com um brilhantismo sem igual. O desenvolvimento da mulher que assumiu as mais variadas profissões destacando-se em lideranças, obras literárias e políticas, trouxe um avanço social nunca vivido no mundo.
No entanto, a natureza humana é irrefutável e a fêmea tem na sua estrutura de origem uma grande necessidade de realização, sendo a mais forte delas o desejo de ser mãe e amar o pai. Parece ser uma síndrome que atormenta e que continuada e não resolvida leva a quadros de insatisfação com a vida, manifestando-se de formas variadas com grande sofrimento mental.
A mulher contemporânea bonita, atraente e culta, tem sua libido estimulada pelo prazer de uma conquista, sem deixar de lado a energia que move em seu interior no sentido de realizações pessoais, de alcançar seus sonhos de vida, de dar um belo sentido a sua vida.
O cérebro feminino tem uma vantagem por ser diferente, possui a capacidade de percepção aliada a um sexto sentido incomparável. Está constantemente fazendo planos, seus pensamentos orbitam incansavelmente dia e noite como se fosse um show pirotécnico sem fim.
Março, mês em que se comemora o dia internacional da mulher é um momento para incentivar mais ainda a evolução feminina que precisa de muita coragem a fim de romper preconceitos e muita competência para desempenhar com sucesso o papel de mãe, provedora, cuidadora e amante. Parabéns Mulher, que bom que você existe!
Este artigo foi publicado na Revista Escola de Pais do Brasil – Seccional de Biguaçu, nº 4, maio de 2012, p. 31.
Antônio Lopes – Professor e Coordenador da SPOB – Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, Curso Livre de Capacitação em Psicanálise em Itajaí e Balneário Camboriú; Consultórios: Balneário Camboriú e Itajaí; (47) 3344 6204 antonio@psicanalisesc.com.br – http://www.psicanalisessc.com.br/
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