Psicóloga orienta como aproximar seus filhos da figura paterna para não atrapalhar o desenvolvimento deles
“Foi-se a época em que o papel do pai limite ao de trabalhar para prover o lar e se responsabilizar pelas decisões importantes a serem tomadas em casa. Os tempos modernos troxeram a necessidade de uma redefinição do papel social da mulhere do homem, que vem percebendo que criar vínculos afetivos mais profundos com seus filhos é positivo não apenas para as crianças, mas para as crianças, mas para também para si próprio”, afirma a psicóloga Ana Paula Magosso. E seus filhos, mantêm uma boa convivência com os pais?
Desde a gestação
“Reconhece-se hoje o quanto é fundamental a participação do pai no desenvolvimento do filho desde a gestação. Ele, poe sua vez, também sente necessidade de afeto e compreensão; é importante que as manifestações de carinho sejam recíprocas e que seja permitido a ele partilhar da gestação o máximo possível, participando das consultas, obtendo informações sobre seu bebê, tocando a barriga, falando com o filho, para que, depois de nascer, esse bebê possa reconhecer em sua voz sensações positivas”, orienta.
Após o nascimento
“É natural que a mulher entre numa relação muito estreita e necessária com seu bebê e que talvez o homem sinta-se deixado de lado. Há uma maior disponibilidade dos homens em dividir as tarefas práticas com os bebês e, sem sombra de dúvida, isso favorece seu vínculo com os filhos”, continua.
Crescimento dos filhos
“Logo a criança se desenvolve e começa a estabelecer uma interação mais direta com o pai e é importante ter em mente que, desde muito pequena, ela tem necessidade de referência e valores que estarão presentes até a vida adulta. Porém, nos primeiros anos de vida esses valores têm um peso significativo e deve haver uma coerência entre o que é discursado e o que é praticado”, alerta a psicóloga.
“Daí, mais uma vez, a importância do homem dispor de um tempo para o filho, para brincar, contar os acontecimentos do dia, ler histórias, criar momentos de intimidade essenciais para que seja fortalecido o vínculo e dar parâmetros de comportamento à criança”, garante.
Papel fundamental
“Cabe ao pai dar limites e soltar as amarras do filho, uma vez que a mãe tem uma tendência natural para transmitir valores como acolhimento e proteção. Seu papel é fundamental para ajudar a criança a construir sua autonomia, soltar-se para a vida, desenvolver a agressividade natural para a vida, desenvolver a agressividade natural para a vida, balanceando a tendência mais acolhedora e protecionista da mãe”, orienta.
Segundo a psicóloga, além disso tudo, o homem colabora para que os filhos, meninos e meninas, conheçam e compreendam o universo masculino, o que é de fundamental importância para o desenvolvimento de sua personalidade.
Figura masculina
“Não se deve pensar, entretanto, que uma criança impossibilitada de conviver com o pai, por qualquer motivo que seja, esteja fadada a ser infeliz ou problemática. Claro que faz falta! Por isso mesmo que recomenda-se na falta do pai, procurar representar a figura paterna por um tio, um avô ou algum adulto do sexo masculino que tenha uma participação ativa e importante na vida da criança”.
Ana Paula Magosso Cavaggioni – psicóloga da Clia Psicologia e Educação. Site www.cliapsicologia.com.br
Artigo publicado na Revista Malu, n. 684, 06/08/2015, p. 6.
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