Crianças não nascem racistas, nascem puras, simples, amáveis e repletas de vontade de aprender o que o mundo pode oferecer de melhor para elas. São os pais, os responsáveis e as figuras importantes na vida das crianças. São eles que representam autoridade, modelo e espelho na construção da educação de seus filhos.
Então vejamos, se a criança aprende pela observação e melhor ainda, pela repetição dos modelos apresentados na sua vida, concluímos que, se elas se tornam racistas alguma coisa aconteceu no cenário que está sendo apresentado a elas, certo?
A minha pergunta é: qual o caminho para a construção de seres educados, responsáveis, que respeitam e sejam respeitados por todos e por tudo?
Se todas as crianças têm seus conceitos baseados no que vê e aprende, então, se eles vivem em um ambiente racista, onde seus pais são preconceituosos e descriminam as pessoas sem nenhum critério ou fundamento, com certeza seus filhos o serão.
São nos pequenos comentários feitos pelos pais e observados pelas crianças todos os dias, que começa a construção de uma sociedade racista e desumana.
Vejamos: se os pais são os que ditam regras comportamentais aos seus filhos, então toda e qualquer ação, comentário ou observação dadas por eles, são consideradas certas e corretas, concordam?
Se as crianças não são racistas, mas se tornam racistas pelo cenário que vivem e pela educação e orientação que recebem da família, e ainda, pela influencia que estas famílias representam fortemente na vida delas, como eles poderão lidar com tantas outras diferenças que a rodeiam o tempo todo?
E quando surge qualquer tipo de curiosidade devemos simplesmente explicar que somos seres humanos e com muitas diferenças, e que podemos aprender muito com todas elas.
Todos nos sabemos que existem muitos pais racistas e que educam seus filhos a serem, e são estes mesmos pais, que brigam na porta da escola, quando seu filho é chamado de gordinho ou qualquer outra diferença que não agrade o outro.
E assim, encontramos tantas crianças que demonstram seu preconceito e dificuldade em aceitar as diferenças, sem perceberem que também têm suas diferenças.
É lamentável que isto aconteça, pois são elas, crianças, que nos mostram, pela sua pureza e simplicidade que a nossa cor, raça, religião ou quaisquer que sejam as diferenças nos completam como seres sociais.
É difícil entender porque existe ainda tanta gente preconceituosa e saber quantos danos estás indiferenças traz na vida das pessoas. E aí me faz lembrar da frase dita por Nelson Mandela:
“ Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”
Então cabe a nós pais e responsáveis pela educação de nossos filhos, ensina los a amar, amar independentemente de suas diferenças e escolhas.
O mundo com certeza será mais feliz quando todos, respeitarem todos em suas igualdades e diferenças.
Salve as diferenças! Pois só ganhamos com elas!
Valdete Pasini – Educadora Parental, certificado pela PDA – Teaching Parenting the Positive Discipline Way – Certificação Internacional de Educador Parental em Disciplina Positiva. Tenho como 1a. Formação o Direito, Pós-graduada em Direito pela Fundação Getúlio Vargas, mas sempre tive interesse em educação e formação de crianças. – Psicologia da Educação – UNESP – aberta, Estudiosa e Pesquisadora em Educação Infantil e voluntária há 21 anos em um Serviço Social com orientação a Pais e crianças. Tenho dois filhos e foram eles que me ensinaram a ser mãe, e a buscar ser uma pessoa melhor, aprendendo sempre com eles, para cada dia mais poder ajuda-los a serem felizes e do bem. valdeteipasini@gmail.com
Publicado no site www.escolaparapais.com.br
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