Nascer, viver e morrer. Ou melhor, nascer, descobrir e partir.
Há tantas formas de viver. Há tantas maneiras de ver a vida, mas sinceramente o que realmente importa não é o modo como se enxerga a vida, mas o modo em que se vive a vida.
Uns anseiam por completar seus 18 anos e conquistarem sua utópica liberdade, outros querem voltar aos dependentes cinco anos, têm outros que não vêem a hora de completar a maturidade dos 30. Alguns afirmam que somente aos calorosos 60 se saberá o que é vida de verdade, e outros morrem sem entender o porquê a vida é tão interrogativa.
A verdade é que muitos passam a vida esperando sempre um melhor momento, uma conquista a mais, um sucesso reconhecido e deixam de perceber que o melhor da vida é a viagem que a própria vida é em torno do pequeno mundo pessoal que cada indivíduo cria.
O segredo não é esperar pela “idade certa”, ou pelo “momento maduro”, mas sim curtir a paisagem da viagem e as paradas que ela dá em cada estação, construindo assim sua bagagem, com recordações, histórias, momentos e, principalmente, com vontade de quero mais.
Descobrir e redescobrir o novo, o desejável, o real, o abstrato e o verdadeiro. Sim, este é o dever de cada um na viagem mais longa e bela de todas: a “viagem da vida”.
Essa viagem em que o protagonista é você e os cenários são os dias passageiros, os amigos conquistados, os sonhos realizados, os tombos levados, as gargalhadas dadas e os amores vividos.
Viva como se deve viver. Ame, perdoe, grite, chore, magoe-se, refaça-se, construa, mude, almeje, conquiste, mas acima de tudo: VIVA!
Publicado na Revista Programa do 49º Congresso Nacional da Escola de Pais do Brasil – São Paulo – junho de 2012, p. 27.
Amanda Gabriele – Jornalista
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