A relação conjugal inicia uma nova família. São duas pessoas diferentes, com suas próprias crenças, valores, educação e cultura que necessitam ajustar-se em seus princípios para uma boa convivência.
E como é que se obtém o equilíbrio convivência? É de suma importância que o casal tenha respeito mútuo, amor, e que possa trocar ideias por meio de muita conversa e diálogo para propiciar, dessa forma, um ambiente saudável ao crescimento dos filhos.
Os pais necessitam estar sempre de comum acordo pelo menos na frente dos filhos para promover uma educação satisfatória. Num relacionamento harmonioso entre os pais, os filhos tenderão a se espelhar e reproduzir o mesmo comportamento uns com os outros e com os amigos.
Portanto, o primeiro passo para cuidar da educação e a da formação de seu filho é resolver os problemas que você tem com o seu cônjuge. Sendo primordial, o diálogo para que os conflitos sejam esclarecidos e a harmonia entre o casal se estabeleça diariamente.
A criança que está acostumada a ver entre seus pais e irmãos compreensão e afeto, assume isto como algo natural e, portanto, o assume como próprio. Se o ambiente no qual são criados carece de amor, é possível que mais tarde “ame” ao seu próprio estilo, “ame” egoisticamente. Quando os filhos veem amor e recebem afeto, aprendem a desenvolver o que recebem.
Durante os primeiros anos de vida, a relação com os filhos costuma ser tranquila. A eles lhes encanta estar com seus pais, os admiram e lhes contam tudo. Por isso, é a época ideal para concretizar uma sólida comunicação. Uma comunicação aberta entre pais e filhos.
É conveniente fazer perguntas, dar-lhes a possibilidade de que encontrem soluções por si próprios, deixar que falem tudo o que for necessário. Com isso, estamos dando-lhes a oportunidade para que aprendam a expressar corretamente o que pensam e sentem e o aprendam a transmitir.
Devemos eliminar frases de carga negativa, pois destrói a possibilidade de uma comunicação positiva. No entanto, a serenidade e o afeto levam a criança a uma resposta apropriada, dando a chance de serem sinceros.
Lembre-se: os pais devem estar de acordo e ter o mesmo critério. Do contrário, os filhos se desorientam, ou interpretam mal o que lhes foi falado. E o resultado é a falta de obediência.
Não devemos ter medo de falar claramente aos filhos com respeito a uma amizade, atitude ou comportamento inconveniente. Mas sendo o suficientemente claros nos conceitos para que não fique nenhuma dúvida.
Há alguns costumes que devemos inculcar nos filhos desde pequenos, como: pedir “por favor”, dizer “obrigado” e “pedir perdão” – são atitudes fundamentais de uma boa educação e de reconhecimento da dignidade dos demais.
Nossos filhos são pequenos diamantes a lapidar que amanhã podem converter-se em joias preciosas.
Raquel Correia França – Professora da Rede Municipal de Ensino de Biguaçu – SC. Graduada e Pós-Graduada em Educação Infantil e Séries Iniciais.
Artigo publicado na Revista Escola de Pais do Brasil – Seccional da Grande Florianópolis nº 6, junho de 2015, p. 29.
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