Nossa existência diária é repleta de esperança de que estejamos fazendo nossos filhos felizes. Nós, pais, queremos educar e orientar nossos filhos da maneira mais adequada possível, porém, quantas vezes nos interrogamos: será que estou fazendo o que é correto? O que é melhor?
Porém esquecemos que, quando crianças às vezes sofríamos ao nos desentendermos com nossos pais, na relação que tínhamos com eles, vivenciando êxitos e fracassos e que somente dessa maneira crescemos e aprendemos. Devemos mostrar aos nossos filhos o infinito, a direção da qual poderão alçar vôo e das alturas descobrir quanto pode ser feito e aprendido. É claro que dentro de uma família existe amizade, rivalidade, raiva, brigas, alegrias, tristezas… Às vezes, é uma confusão; mas unidos e integrados pelo afeto. Isso é fundamental, pois a maior carga emocional nos relacionamentos ocorre na família. Lá, também, desenvolvemos a capacidade de demonstrar e expressar nossos sentimentos e emoções. Ouve-se dizer que é na família o lugar onde mais se ama e mais se briga.
Como não recebemos filhos com manual de instrução, é razoável que escrevam o seu próprio a partir dos acertos e, por que não, dos erros. Acredito que fomos feitos para procurar a felicidade. E está claro que os sentimentos de amor, afeto, intimidade e compaixão fazem nossos filhos felizes. Penso que a tarefa dos pais não é fazer os filhos felizes, mas criar condições para que seus filhos se tornem pessoas felizes. Mesmo em meio familiar favorável, uma pessoa poderá sentir-se infeliz, o contrário também é verdadeiro: num ambiente adverso, muitos podem crescer e tornarem-se pessoas felizes e notáveis.
Apesar do corre-corre do dia-a-dia da era virtual, devemos dizer aos nossos filhos que precisamos muito deles, pois temos tanto a aprender e mostrar-lhes que numa sociedade tão competitiva, o conviver com o nosso semelhante é prazeroso, gratificante e uma necessidade humana. As emoções mais suaves e os comportamentos positivos que os acompanham propiciam uma vida familiar e comunitária mais feliz.
Nossos filhos não podem ser um troféu, eles devem ser felizes.
Publicado na Revista nº 3 – 2003, da Escola de Pais – Seccional de Timbó
Wally Reuter – Membro da Escola de Pais – Timbó
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